Jun Nakao no ano de 2004 divulgou sua exposição através de uma coleção no evento de moda São Paulo fashion week, conhecido como “A costura do invisível “por sua vez foram confeccionadas de papel com acabamentos a laser impecáveis, eram sutis leves e com um grau elevado de riqueza e elaboração.
Inspiradas nos conceitos estéticos do século dezenove inicio do século vinte como uma das principais fontes o estilista descreve um quase barroco onde a transparência dos papeis e suas rendas dão ao mesmo tempo um aspecto frágil e artesanal.
Por traz de toda esta incrível demonstração havia conceitos dos quais o estilista estava em faze de questionamento: o que produzir para que sua obra fosse desejada pelos consumistas?Como definir seu próprio espaço diante de um mercado que visa apenas o capital industrial? , questões que não envolvia apenas ele. A chave de tudo era: como solucionar tudo se vocação do próprio estilista era a criação artística.
A decisão foi estabelecer a desordem o vazio a angustia e a falta de respostas por qual o próprio criador passava, numa coleção inusitada de papel, que mais tarde foi definido como o vegetal, que alem das formas dispunham segundo os artistas colaboradores de um “convite para o invisível”, gerando formas com a sobreposição.
Com os conceitos e referencia baseado no sec.20 como estudo do volume e elaboração a cintura marcada e ombreiras eram essências para que as peças parecessem únicas, gerando uma duvida quanto à criação.
A princípio foram relatados muitos desafios, como materializar a imagem sem perder as formas ao manusear o papel, mantendo a qualidade de execução, como costurar e colar papéis que eram super finos mais que tinham que apresentar uma resistência para que as modelos pudessem usar. Para que fossem superados, criou-se um manual para consulta de procedimento de diferentes tipos de funções que auxiliou os colaboradores durante toda a produção, que de certa forma se envolvessem e fizessem também suas próprias reflexões segundo o vídeo divulgado junto ao livro .
Em aspectos relacionados diretamente a adequação da criação foi criada certa contraposição, ao mesmo tempo em que revelava indícios de outro século como a delicadeza dos desenhos e formas e volumes relatavam também o aspecto lúdico ao fazer com que a platéia relembrasse a infância com as cabeças de playmobil , a maquiagem os olhares profundos das modelos e a decoração da passarela que representavam um universo surreal através das falsas anêmonas que a decoravam,levando o espectador a relembrar sua infância onde para ele nada era impossível.
Durante todo o processo de criação que teve em torno de 700 horas foram mantidos alguns segredos quanto à matéria prima para o impacto final, foram divulgados a imprensa, apenas que seria uma coleção na cor branca e que teriam muitas rendas, poucos fatos foram revelados para que houvesse uma reflexão posterior.
Todo o projeto foi muito bem elaborado como as luzes e a ação das modelos.
No final de todo esse processo de criação e apresentação, as modelos entraram na passarela para fazer os agradecimentos, a intensidade e a estabilidade da luz mudou, e então elas começaram a rasgar suas roupas de papel no próprio corpo, propondo ao espectador uma reflexão ao que se vê representado o começo da exposição do caos.
Ao final do desfile o estilista pareceu satisfeito com a reação da platéia que estava espantada com tudo, tão delicadas, frágeis, preciosas e únicas as roupas destruídas e a reação do público foi uma surpresa que ao mesmo tempo gerava dor a uma incrível sensação vazia.
SENAC - Santo Amaro
Relatório sobre o Documentário e Desfile do estilista Jun Nakao
Para a disciplina de laboratório de criação I
quinta-feira, 29 de abril de 2010
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